MMIPO

Do Cerco do Porto à Revolução dos Cravos


A memória do 25 de Abril convida-nos a refletir sobre os caminhos da justiça social e da liberdade, valores que, ainda antes da Revolução, encontravam eco na história da Misericórdia do Porto. Muito antes de 1974, a instituição já era marcada por um compromisso firme: proteger os mais vulneráveis. Ao longo da sua história, enfrentou as tensões entre absolutismo e liberalismo sem nunca desviar desse propósito, independentemente do regime político vigente.

Num tempo em que a liberdade era uma conquista por cumprir, a Misericórdia do Porto abriu as suas portas aos feridos do Cerco, ofereceu sepultura aos Mártires da Liberdade e manteve inabalável a missão de praticar as 14 Obras de Misericórdia. Este percurso revela uma instituição que, mesmo em períodos de instabilidade, soube articular a sua ação humanitária com os valores emergentes da sociedade. O liberalismo, nesse sentido, não foi apenas um movimento político distante, mas algo que se refletiu diretamente nas escolhas e respostas sociais da instituição. O MMIPO - Museu e Igreja da Misericórdia do Porto recorda que celebrar o 25 de Abril é também reconhecer esse enraizado compromisso com a dignidade humana, presente nas decisões de quem trabalha para servir a cidade e os seus.

Hoje, no dia em que celebramos a liberdade, também nos unimos em silêncio para recordar e honrar o Papa Francisco, cuja vida foi um testemunho de compaixão, proximidade e serviço. Este dia simbólico convida-nos a refletir sobre o valor da memória e do legado que ele deixa, não só à Igreja, mas a todos os povos. 


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