MMIPO

Já veio visitar a Exposição "O Porto e o Reino Unido. 650 Anos de História Partilhada. 1373-2023"?

Sebastião José de Carvalho e Melo (1699-1777) marquês de Pombal, foi embaixador nas cortes austríaca e inglesa; secretário de estado do rei D. José I; marquês de Pombal, em 1759, e conde de Oeiras, em 1769. 

Reformador, a sua influência inicia-se a partir de 1755 quando, na sequência do terramoto de Lisboa, mostra pragmatismo na reparação dos danos sobretudo na capital do reino. Ficou célebre a resposta que deu à pergunta sobre o que fazer: "enterrar os mortos e cuidar dos vivos".  

Defendia o absolutismo como forma de governo, procurando a centralização dos poderes régios. Como marcas do seu consulado ficaram: o ataque à poderosa Casa dos Távoras e a extinção da Companhia de Jesus, estruturas que, no seu entender, minavam a autoridade régia. 

Em 1756, sob proposta de comerciantes produtores de vinho do Douro, criou a Companhia da Agricultura dos Vinhos do Alto Douro. Com ela estabeleceu a região vinhateira mais antiga do mundo a ser demarcada e regulamentada. 

Reorganizou o aparelho jurídico e policial do Estado, como reforço da autoridade régia que entendia estar severamente prejudicada pelos excessivos privilégios de que a nobreza e o clero beneficiavam. 

Após a morte do rei D. José I (1777), o marquês de Pombal é afastado da esfera do poder por D. Maria I. A rainha declara-o culpado de peculato e abuso de poder para os quais a pena era o exílio. No entanto, olhando à sua idade, permite que ele permaneça em sua casa, onde morre cinco anos depois. 

 

Retrato do marquês de Pombal 

Miguel António Amaral (1710-1780) 

Século XVIII 

Óleo sobre tela 

Misericórdia do Porto. RT0420