No dia em que comemoramos o 8.º aniversário, a 15 de julho, abrimos ao público uma exposição que assinala os 650 anos da assinatura do Tratado de Paz e Amizade entre o Rei Eduardo III de Inglaterra e D. Fernando, Rei de Portugal e dos Algarves, formalizando assim a Aliança Luso-Britânica.
"O Porto e o Reino Unido. 650 Anos de História Partilhada. 1373-2023" é uma exposição de cariz histórico que conta com a parceria da Portugal-UK 650, entidade que já organizou mais de 300 atividades e projetos comemorativos, com mais de 200 instituições, em ambos os países.
A mostra, que ficará patente até 30 de novembro, será apresentada na véspera da abertura ao público, no dia 14, e a sessão terá acesso exclusivo mediante convite.
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São vários os factos históricos que ligam a cidade do Porto e o Norte de Portugal à Aliança Luso-Britânica.
Desde logo, em 1353, o tratado de comércio e pesca celebrado entre Eduardo III e o célebre mercador portuense Afonso Martins Alho, que foi o seu principal negociador.
Mais tarde, em 1372, em São Salvador de Tagilde, hoje pertencente ao concelho de Vizela, celebrou-se um tratado de amizade e ajuda que uniu o nosso D. Fernando com o filho e a nora de Eduardo III, contra D. Henrique II de Castela e D. Pedro IV de Aragão.
Em 1386 selou-se um novo tratado, em Ponte de Mouro, Monção, entre D. João I e o Duque de Lencastre, em que foi prometido todo o auxílio a este para que pudesse conquistar o trono de Castela a que se julgava com direito. O casamento, na Sé do Porto, entre D. João I e D. Filipa de Lencastre, no ano seguinte, constituiu, assim, o ato político de garantia do cumprimento do tratado de 1386.
No decurso de seis séculos e meio de relação recíproca, outros tratados, convenções e atos uniram Portugal ao Reino Unido, sempre mantendo o espírito do primeiro acordo e com a mesma comunhão de interesses.
Esta abordagem é pretexto para salientar temáticas incontornáveis nesta relação multissecular entre o Porto e o Reino Unido. Há as ligações comerciais, em particular da relacionada com a produção e a exportação do Vinho do Porto; do apoio e da cooperação militar, com enfoque nas Invasões Francesas e nas Guerras Liberais; dos intercâmbios científicos e culturais, manifestados nas ciências naturais, na literatura, nas artes decorativas e na arquitetura.
Esta exposição serve, igualmente, de mote para destacarmos algumas figuras como John Carr (1723-1807), insigne arquiteto neoclássico inglês nascido há 300 anos, que legou à Misericórdia e ao Porto um edifício - o Hospital de Santo António, introdutor do neopalladianismo na cidade. Apesar de ficar inacabado, o hospital tornou-se num dos ícones da cidade, tendo sido consagrado como exemplar da chamada Architecture Port Wine.
O percurso expositivo culminará com uma secção dedicada às visitas de Estado, na Sala da Memória (antigo Arquivo Histórico). Nesta área serão realçadas as duas visitas memoráveis, recebidas em apoteose pela população, que a Rainha Isabel II, de Inglaterra, e o seu marido, o Príncipe Filipe, Duque de Edimburgo, fizeram ao Porto, em 1957 e 1985.
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