No Dia Mundial do Doente, que se celebra a 11 de fevereiro, não podemos deixar de lembrar a ação da Misericórdia do Porto, a quem foram dados para administrar os primeiros hospitais-albergaria em 1521. Portanto, neste ano perfaz 5 séculos de intervenção ativa no tratamento de doentes.
Começou com a outorga de D. Manuel I à Santa Casa da Misericórdia do Porto de três hospitais-albergarias, casas de acolhimento de pobres, velhos e inválidos, e de peregrinos, até então sob a administração municipal, a saber, Santa Clara e Cimo de Vila, na rua dos Mercadores; Rocamador, na atual rua dos Caldeireiros.
Mais tarde, através do legado e vontade do benfeitor D. Lopo de Almeida, a Misericórdia do Porto instalou o Hospital D. Lopo, que serviu a cidade durante quase 2 séculos até à construção do Hospital de Santo António, que recebeu as primeiras 150 mulheres doentes em 1799. Em 24 de março de 1883, a Misericórdia do Porto, aproveitando o r remanescente da fortuna de um "brasileiro" de torna-viagem, o Conde de Ferreira, inaugurou um Hospital de Alienados. Foi a primeira unidade construída de raiz para a psiquiatria em Portugal.
Outras unidades de saúde foram erguidas pela Misericórdia do Porto, assegurando tratamento a doentes que não teriam outra forma de serem acorridos, não fosse este investimento da Instituição por forma a cumprir uma das suas missões.
No MMIPO encontra todo este percurso singular explanado de forma cronológica, com várias peças e obras de arte relacionadas com a temática.
