Sebastião
José de Carvalho e Melo (1699-1777) marquês de Pombal, foi embaixador nas
cortes austríaca e inglesa; secretário de estado do rei D. José I; marquês
de Pombal, em 1759, e conde de Oeiras, em 1769.
Reformador,
a sua influência inicia-se a partir de 1755 quando, na sequência do terramoto
de Lisboa, mostra pragmatismo na reparação dos danos sobretudo na capital do
reino. Ficou célebre a resposta que deu à pergunta sobre o que fazer: "enterrar
os mortos e cuidar dos vivos".
Defendia o absolutismo como forma de governo,
procurando a centralização dos poderes régios. Como marcas do seu consulado ficaram: o ataque
à poderosa Casa dos Távoras e a extinção da Companhia de Jesus, estruturas que,
no seu entender, minavam a autoridade régia.
Em 1756,
sob proposta de comerciantes produtores de vinho do Douro, criou a Companhia
da Agricultura dos Vinhos do Alto Douro. Com ela estabeleceu a região
vinhateira mais antiga do mundo a ser demarcada e regulamentada.
Reorganizou
o aparelho jurídico e policial do Estado, como reforço da autoridade régia que
entendia estar severamente prejudicada pelos excessivos privilégios de que a
nobreza e o clero beneficiavam.
Após a morte do rei D. José I (1777), o marquês
de Pombal é afastado da esfera do poder por D. Maria I. A rainha declara-o
culpado de peculato e abuso de poder para os quais a pena era o exílio. No
entanto, olhando à sua idade, permite que ele permaneça em sua casa, onde morre
cinco anos depois.
Retrato do marquês de Pombal
Miguel
António Amaral (1710-1780)
Século XVIII
Óleo sobre
tela
Misericórdia
do Porto. RT0420