MMIPO

Destaque expositivo de Maria Antónia Jardim no MMIPO

O destaque expositivo intitulado ?Maria Antónia Jardim - A. Sinai: 50 anos a transformar artes', com inauguração marcada para o dia 26 de setembro às 18h, no MMIPO - Museu e Igreja da Misericórdia do Porto, assinala meio século de um percurso artístico único, onde a combinação entre a pintura e a joalharia revela o caráter transformador da artista. Com entrada gratuita, esta exposição estará aberta ao público de 26 de setembro a 24 de novembro, convidando os visitantes a explorar a fusão entre os quadros e as joias.

Sob o pseudónimo A. Sinai, Maria Antónia Jardim destaca-se pela sua capacidade de narrar histórias através de diferentes formas de expressão. Esta exposição não só celebra o seu passado, mas também reafirma a criatividade que marca a carreira da artista.

Importa lembrar que Maria Antónia Jardim iniciou o seu percurso artístico aos 11 anos, quando a sua paixão pelos poemas e pelas conchas pintadas a levou a transformar o mar numa "praia caseira cheia de cor". O seu espírito criativo foi evoluindo ao longo do tempo.

Na Universidade Fernando Pessoa sentiu a necessidade de teorizar sobre a criatividade, criando a cadeira de Psicologia da Arte. Durante esse processo, teve a ideia de transformar quadros em joias e, em 2008, destacou-se pela criação da ?Joia de Pessoa', que imortalizou a obra do poeta Fernando Pessoa, lembrando a célebre frase: «Tudo vale a pena quando a alma não é pequena.»

A exposição, que estará presente no MMIPO - Museu e Igreja da Misericórdia do Porto, é descrita pela artista como um "Espelho de Eu - Mesma enquanto Outras", um reflexo das múltiplas facetas da sua identidade criativa. Este percurso consolida A. Sinai como uma figura de destaque no panorama das artes.

 

Apresentação da obra de Maria Antónia Jardim / A. Sinai por Nassalete Miranda (diretora do jornal ?As Artes Entre As Letras')

«Nascida no Porto, cidade de ser, de estar e de sentir, Maria Antónia Jardim assume-se rebelde e inconformada, tanto na literatura, como na pintura e joias que das telas nascem.

Nesta exposição que assinala os seus 50 anos de uma certa forma muito sua de contar histórias, a presença de Paula Rego como sua fonte de inspiração para uma narrativa escrita e pintada.

Por opção, viaja entre "escolas" de pintura não se submetendo a nenhuma, no entanto, não esconde que é no surrealismo e no naïf que mais se encontram as suas cores, formas e diálogos.

São décadas a "semear ideias ao desbarato" e dedicadas a mudar a nossa forma de ver a arte e de ler o mundo e, assim, de aprender a senti-la sem preconceitos de modas e de modos. "É na criação e na recriação, que o ser humano mais se respeita, mais compreende a diferença e mais se integra", afirma enquanto A. Sinai - o pseudónimo que a acompanha na busca incessante da emoção onde o imaginário não usa espartilhos.

A arte, enquanto obra humana não se dissocia do seu criador, e a obra de A. Sinai é ela própria, um cruzamento de linguagens que se afirmam pelo jogo da cor ? forte e provocante e pela irreverência da forma.

E é esta liberdade criativa que a distingue e empurra para projetos ousados onde o onírico permanece tanto na narrativa escrita como na pintada. A magia traça o denominador comum para o sonho e para a realidade - o tal (in)consciente constante.

Exímia contadora de histórias, cada quadro é uma espécie de jogo em forma de convite para a descoberta do referido imaginário, onde o maior fascínio é a total liberdade dos sentidos cruzados ou paralelos, mas sempre animados e "gostosos", "alegres" e coloridos.

Entre a palavra e o pincel, são 50 anos a TransFORMAR Artes.»